quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ademir MORAIS

Serra na FIESP pode; Dilma em sindicato, não

Vai na mesma linha do pânico e desespero da oposição com a iminência da derrota em outubro (leia o Destaque acima) o anúncio do advogado do PSDB, Ricardo Penteado, de que em nome do partido ingressará hoje com mais uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Lula e sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados), além dos presidentes da CUT e da Força Sindical. Penteado quer processar os quatro por terem participado de evento público no último sábado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).
O advogado antecipou que o fundamento da ação será a acusação de que o presidente, sua candidata ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro e os dirigentes das centrais sindicais fizeram uso eleitoral da estrutura sindical nesse ato de sábado no sindicato metalúrgico da região do ABCD.
Essa representação no TSE contra o presidente, Dilma, a CUT e a Força Sindical é mais uma demonstração de preconceito e elitismo da oposição, com uma única diferença em relação às manifestações anteriores nesse sentido: antes ela falava, externava verbalmente, e o tempo todo, essa postura elitista; agora vai oficializá-la na justiça eleitoral.
Vejam vocês, na FIESP, maior e mais poderosa entidade patronal do país, o candidato à Presidência da República pela oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) pode ir quantas vezes quiser - como já o foi tantas vezes antes. Nunca ocorreu ao partido ou a seu advogado Ricardo Penteado recorrer à Justiça contra sua presença lá. Já a candidata governista ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff não pode ir a um sindicato de trabalhadores convidada pelas centrais sindicais. Percebem? É o velho dois pesos e duas medidas, tão caro, injusto e comum na atuação da oposição.
Depois eles não entendem porque Serra só despenca ou se mantém empacado nas pesquisas, enquanto Dilma sobe, está em empate técnico com ele na maioria das sondagens eleitorais e já ganha dele na espontânea.

Dilma cresce e empata com Serra também no segundo turno, aponta Sensus
Pesquisa do Instituto Sensus divulgada nesta terça-feira (13) indica empate técnico entre os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na sucessão presidencial de outubro. A sondagem, encomendada e divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav), mostra Serra com 32,7 % das intenções de voto e Dilma, com 32,4 %. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 %.O deputado Ciro Gomes (PSB) aparece com 10,1 % e a senadora Marina Silva (PV), com 8,1 %. No cenário sem Ciro Gomes, Serra fica com 36,8 %, Dilma com 34,0 % e Marina, com 10,6 %. Foram entrevistadas 2 mil pessoas entre 5 e 9 de abril em 136 municípios de 24 Estados.Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra também mostra um empate técnico. O candidato tucano tem 41,7% dos votos válidos, enquanto a candidata petista atrai 39,7% dos eleitores consultados, dentro da margem de erro. Os votos brancos e nulos chegam a 10,1% e 8,5% das pessoas ouvidas não responderam.Dilma lidera pesquisa espontâneaO Sensus também realizou a pesquisa espontânea, na qual não são apresentados os nomes dos candidatos ao entrevistado. Dilma, então, aparece em primeiro lugar, com 16%. O presidente Lula, que não será candidato nas próximas eleições, tem 15,3%. Serra aparece em terceiro com 13,6%. Marina tem 2,5% e Ciro, 1,6%.O levantamento analisou ainda a rejeição dos candidatos e a capacidade de transferência de votos de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Marina Silva é a que tem maior taxa de rejeição: 30,7% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum dela. A taxa de rejeição de Serra é de 28,1%, a de Ciro, de 27,9% e a de Dilma, de 26,3%.Já Lula é o que tem maior capacidade de transferir votos: 24,7% dos eleitores afirmaram que o candidato do Lula é o único no qual votaria, enquanto 36,9% dizem que poderiam votar nele. Já para Fernando Henrique, esses percentuais são, respectivamente, de 5,1% e 23,3%. Outros 19,3% disseram que não votariam no candidato de Lula, enquanto 49,9% não votariam no candidato de FHC.Cresce avaliação positiva do governoAinda segundo o levantamento realizado pelo Instituto Sensus, a avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de 72,8%. O governo Lula é ótimo para 27,2% e bom para 45,6% dos eleitores. Outros 20,2% consideram o governo regular, enquanto 2,6% o avaliam como ruim e 3,3% como péssimo. Não souberam ou não quiseram responder 1,2% dos eleitores. Na última pesquisa Sensus que avaliou o governo Lula, ele aparecia com aprovação de 71,4%.Oposição sem projetoO presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que não é hora de subir no salto alto e que só comemora o resultado de eleição. “Eu não comemoro pesquisa. Eu acho que eles vão ficar empatados até o começo da campanha, no meio do ano”, afirmou.Para Dutra, as críticas da oposição sobre o desempenho da ministra na pré-campanha se revelaram factóides. Na semana passada, durante viagem de Dilma a Minas Gerais , lideranças do PSDB, DEM e PPS disseram que ela “escorregou” ao sugerir uma parceria com o governador do Estado, Antonio Anastasia. “Só mostra como eles criam factóides. Eles estão sem discurso, sem projeto”, reagiu.Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a ministra Dilma vem crescendo de forma consistente nas pesquisas porque, dos candidatos colocados, "é a única que pode consolidar e aprofundar as conquistas sociais, políticas e econômicas do governo Lula".O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), avaliou que o resultado da pesquisa confirma o crescente conhecimento pela população de quem é a ex-ministra Dilma Rousseff. "A nossa expectativa é do crescente reconhecimento de que ela é a continuidade do governo do presidente Lula. É a figura que, de fato, tem condições de dar prosseguimento à obra de desenvolvimento, crescimento, geração de renda e progresso para o nosso país", disse.Com agências


Esforço para criticar Lula beira o ridículoA manchete principal da 1ª página da Folha de S.Paulo hoje, "Obama ignora Lula e pede sanções imediatas ao Irã" não resiste nem ao próprio noticiário do jornal paulista. A do Estadão, também a principal na capa do jornal, é praticamente idêntica "Obama ignora Lula e mantém pressão por sanções ao Irã". Só reforça o propósito dos jornalões de minimizar, quando não ridicularizar, o papel do presidente brasileiro na Cúpula de Segurança Nuclear realizada em Washington (DC).No Folhão, basta se ler outra chamada, em página interna - "Sanção fraca e retórica agressiva são pior cenário” - para chegar à conclusão que essa Cúpula de Washington que contou com a presença de chefes de Estado e de governo de 49 países tem muita retórica e pouca decisão.Portanto o noticiário, lido com a devida atenção, mostra também que não é apenas o presidente Lula que se opõe às sanções que, como sabemos pelo exemplo do Iraque, podem ser prenúncio de guerra e agressão militar. Pode ser apenas o pretexto para uma invasão norte-americana ao Irã, se não de um conflito regional envolvendo Israel e os países árabes - o que a União Européia e a Turquia não querem nem ouvir falar.Fora o fato, que a imprensa teima em não registrar, que não se tratou nessa Cúpula nem se falou dos países que têm bombas atômicas e não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) como a Índia, o Paquistão e Israel. O governo de Tel-Aviv, aliás, faz tudo para evitar a decisão na própria Conferência sobre um Oriente Médio sem armas nucleares, já que ilegalmente e contra as leis internacionais detém um arsenal de armas atômicas.


Dilma vem cada dia mais subindo nas pesquisasDilma e LulaComo prevíamos desde o início do ano que ocorreria logo após a Semana Santa, nossa candidata Dilma Rousseff (PT-governo-partidos aliados) empatou com o da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS). Ela tem 32,4% e ele 32,7% na mais recente pesquisa Sensus encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (SINTRAPAV) e divulgada nessa 3ª feira. Mais do que isso, Dilma vence fácil em todos os itens da sondagem e já empata no 2º turno com Serra - ela, ganhando com 41,7%, ele com 39,7%. O candidato da oposição também tem mais rejeição do que a governista: Serra é rechaçado por 28,1% do eleitorado contra 26,3% de Dilma.